A origem da arma da Cavalaria brasileira está ligada à organização do Regimento de Dragões Auxiliares de Pernambuco, que na época da guerra contra os holandeses era remunerada por homens ricos, como João Fernandes Vieira. Depois, no governo do Marquês de Pombal, criou-se no Rio de Janeiro o Regimento de Dragões, que tinha como objetivo garantir a autoridade e o cumprimento das leis, estando também preparada para entrar em ação em tempos de guerra, se fosse necessário. Durante as lutas em torno da Colônia do Sacramento, no sul do país, Silva Pais organizou o Regimento de Dragões do Rio Grande para proteger as fronteiras, diante do fracasso do Tratado de Limites de 1750 (Madri).
No II Reinado, a Cavalaria atuou nos conflitos sulinos. Em 1851/52, chefiada por Marechal Osório, o 2º Regimento de Cavalaria integrou as tropas que invadiram o Uruguai, finalizando com sua participação na Batalha de Monte Caseros, onde foi derrotado Juán Manuel Rosas. Na Guerra da Tríplice Aliança, o Brasil tinha seis divisões de Cavalaria (DC), onde também estava à frente delas, o Marechal Osório. Após as reformas entre 1908 e 1915, e a influência da Missão Francesa em 1921, nossa Cavalaria sofreu profundas modificações que se intensificaram a partir da década de 60, com o Acordo Militar Brasil-Estados Unidos. Com esse acordo, a Cavalaria brasileira equipou seus regimentos com os mais modernos materiais blindados da América do Sul.
O Marechal-de-Exército, Manuel Luís Osório, é o patrono da Cavalaria brasileira. Osório nasceu no Rio Grande do Sul, na vila onde hoje é o município de Osório. Com apenas 15 anos de idade, ele recebeu seu batismo de fogo, durante o arroio Miguelete, diante das tropas portuguesas.
Aos 19 anos, Osório era Primeiro-Tenente. Nosso patrono participou da Guerra dos Farrapos, onde foi promovido a Tenente-Coronel, recomendado por Duque de Caxias. Em 1º de março de 1865, Osório assumiu o comando do 1º Corpo de Exército Brasileiro na Guerra do Paraguai e foi, logo em seguida, promovido a Marechal-de-Campo. O ano de 1866 marcou a volta de Osório aos campos de batalha, à frente do recém-criado 3º Corpo de Exército, com o qual penetrou na Fortaleza de Humaitá. Logo depois, durante a Batalha de Avaí, foi ferido gravemente e obrigado a se retirar da luta. Mesmo doente, voltou ao comando do 1º Corpo, participando, em 1869, do assalto e captura do forte Peribebuí. Osório morreu no dia 04 de outubro de 1879.
A Cavalaria brasileira é empregada à frente dos demais integrantes da Força Terrestre e participa de ações ofensivas e defensivas, aplicando suas características básicas, tais como: mobilidade, potência de fogo, ação de choque, proteção blindada e sistema de comunicações amplo e flexível. Seus elementos podem ser blindados, mecanizados e de guardas. Ela também participa dos cerimoniais com escoltas mecanizadas e a cavalo.
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