Hoje, 1 de maio, faz exatamente 18 anos que o piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna faleceu, em plena corrida no no Circuito de Ímola
COMO ACONTECEU
Na terceira corrida da temporada, o GP de San Marino, em Ímola, Senna declarou que esta deveria ser a corrida de início da temporada para ele, pois não havia terminado as anteriores e agora faltavam apenas quatorze corridas. Senna mais uma vez conquistou a pole, mas o fim de semana não seria tão fácil. Ele estava particularmente preocupado com dois eventos. Um deles, na sexta-feira, durante a sessão de qualificação da tarde, o piloto brasileiro Rubens Barrichello, envolveu-se em um grave acidente perdendo o controle de sua Jordan, passou por cima de uma zebra e voou da pista, chocando-se violentamente contra uma barreira de pneus.
Felizmente, Barrichello saiu desse acidente com pequenas escoriações e o nariz quebrado, ferimento suficiente para impedi-lo de correr no domingo. Senna visitou seu amigo no hospital - ele pulou o muro depois que foi impedido de visitá-lo pelos médicos - e ficou convencido de que as normas de segurança deveriam ser revisadas.
O segundo ocorreu no sábado, durante os treinos livres, quando o austríaco Roland Ratzenberger correndo pela Simtek, bateu violentamente na curva Villeneuve num acidente que começou a se formar na fatídica curva Tamburello, quando a asa dianteira de seu carro se soltou fazendo-o perder o controle do veículo. Levado ao Hospital Maggiore de Bolonha, ele faleceu minutos depois. Essa foi a primeira morte de um piloto na pista em dez anos - desde que a FIA adotara sérias medidas de segurança -. Senna convenceu os oficiais de pista a levá-lo ao local do acidente para ver ele mesmo o que poderia ter acontecido e essa ousadia lhe custou mais uma advertência e algum desgaste na sua atribulada relação com a FIA.
Senna passou o final da manhã reunido com outros pilotos, determinado a recriar a antiga Comissão de Segurança dos Pilotos, a fim de melhorar a segurança na F1. Como um dos pilotos mais velhos, ele se ofereceu para liderar esses esforços.
Apesar de tudo, Senna e todos os outros pilotos concordaram em correr. Ele saiu em primeiro, mas J.J. Lehto deixou morrer sua Benetton, fazendo os outros pilotos desviarem dele. Porém Pedro Lamy, da Lotus-Mugen, bateu na parte traseira de Lehto, o que levou o safety car à pista por cinco voltas.
Na sétima volta a corrida foi reiniciada, e Senna rapidamente fez a terceira melhor volta da corrida, seguido por Schumacher. Senna iniciara o que seria a sua última volta; ele entrou na curva Tamburello e perdeu o controle do carro, seguindo reto e chocando-se violentamente contra o muro de concreto. A telemetria mostrou que Senna, ao notar o descontrole do carro, ainda conseguiu, nessa fração de segundo, reduzir a velocidade de cerca de 300 km/h (195 mph) para cerca de 200 km/h (135 mph).
Os oficiais de pista chegaram à cena do acidente e, ao perceber a gravidade, só puderam esperar a equipe médica. Por um momento a cabeça de Senna se mexeu levemente, e o mundo, que assistia pela TV, imaginou que ele estivesse bem, mas esse movimento havia sido causado por um profundo dano cerebral. Senna foi removido de seu carro pelo Professor Sidney Watkins, neurocirurgião de renome mundial pertencente aos quadros da Comissão Médica e de Segurança da Fórmula 1 e chefe da equipe médica da corrida, e recebeu os primeiros socorros ainda na pista, ao lado de seu carro destruído, antes de ser levado de helicóptero para o Hospital Maggiore de Bolonha onde, poucas horas depois, foi declarado morto.
O HJ NOTÍCIAS quer deixar as imagens mais bonitas de Ayrton Senna.
Confira a última volta do Grande Prêmio do Brasil de 1991, com narração de Galvçao Bueno, da Rede Globo:
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