Profissionais da taquigrafia, que corresponde a escrita através de sinais específicos, desenvolvem atividades principalmente nas áreas judiciária e parlamentar.
Taquígrafo é o profissional que domina a arte de escrever rapidamente, através de sinais, com utilização de métodos de registro.
No Poder Judiciário, 12 taquígrafas desempenham a função, acompanhando e registrando as sessões do Pleno do Tribunal, do Conselho da Magistratura, das Câmaras Cíveis Reunidas, das Câmaras Criminais Reunidas, das cinco Câmaras Cíveis Isoladas, das três Câmaras Criminais Isoladas e da Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional (CEJAI).
A taquigrafia (do grego Takys - depressa e Graphia escrita) ou estenografia, iniciou no Judiciário do Pará com a instalação do Tribunal de Relações, em 1874. É um termo geral que define todo método abreviado ou simbólico de escrita.
Por ser um sistema de escrita abreviada utiliza, em geral, sinais originados da geometria, mas também tirados das letras comuns.
De acordo com a chefe da Divisão de Taquigrafia do Tribunal de Justiça do Pará, Maria do Socorro Bitencourt, a taquigrafia pode ser utilizada não só profissionalmente, em seu mais alto grau de aperfeiçoamento nos campos comercial, judiciário e parlamentar, mas também como instrumento de trabalho nos diversos setores profissionais e intelectuais, sendo bastante útil para secretárias, estudantes, professores, escritores, jornalistas, enfim, para todos que precisam fazer anotações rápidas.
Conforme informações a respeito do assunto, alguns estudiosos atribuem a invenção da taquigrafia aos hebreus e, outros, aos gregos.
No entanto, o primeiro sistema organizado de taquigrafia, compreendida como uma grafia especial por meio de sinais especiais, aceito oficialmente pelos historiadores como o primeiro sistema organizado de taquigrafia, foram as "Notas Tironianas", ou "Abreviaturas Tironianas", sinais taquigráficos inventados por "Tiro" (Marco Túlio Tiro), escravo e secretário de Cícero, o grande orador e político romano.
Segundo o historiador G. Sarpe, no seu livro "Prolegomena ad Tachygraphiam romanam", publicado em 1829, o primeiro apanhamento estenográfico foi feito por ocasião de um discurso de Cícero contra Verres, no ano de 70 a.C.
No que diz respeito ao Judiciário, Socorro Bitencourt destaca que a taquigrafia é um instrumento imperioso por tratar-se de registros de julgamentos de 2ª Instância e que, por vezes, são anexados aos autos processuais, seguindo para Cortes Superiores.
Ressalta ainda que o trabalho não admite atrasos, eis a razão de um taquígrafo seguir o outro em intervalos curtos, que variam entre 10 a 20 minutos, numa escala de entrada no plenário, para possibilitar mais rapidez na transcrição do texto e manter a fidedignidade do registro com o intuito de melhor servir com eficiência e eficácia as solicitações de desembargadores, secretários, advogados e jurisdicionados.
Por outro lado, Socorro Bitencourt ressalta que a utilização dos métodos taquigráficos propiciam a economia de tempo e o desenvolvimento intelectual, uma vez que disciplina a inteligência, estimula a agilidade e combate a indisposição mental, auxilia o raciocínio, desenvolve o poder e a velocidade de compreensão e facilita o exercício profissional.
Ao contrário de ser uma área profissional em declínio, utilizada largamente nas áreas judiciária e parlamentar, a taquigrafia teve ampliado o espaço no mercado, sendo cada vez mais requisitada na área empresarial para acompanhamento de eventos como palestras, seminários, dentre outros.
Fonte: www.tj.pa.gov.br
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